Pensando que não somos nós quem escolhe as experiências que
vivenciamos, nos escondemos atrás da justificativa do destino, do “por acaso”.
Quando escolhemos acreditar que a nossa vida não está em
nossas mãos, delegamos a outros suas consequências.
Assim é bem mais fácil, é
bem melhor acreditar que como vítimas do destino não temos a menor
responsabilidade
pelo que acabamos de escolher.
Escolher tem a ver com sentimentos, emoções, critérios, crenças,
valores, objetivos, e resultados, não é verdade? Mas principalmente quando o
assunto é amor, e as coisas não dão certo, a melhor coisa a fazer é
atribuir a alguém ou às circunstâncias o que acabamos de aceitar em nossa vida.
O mesmo acontece com nossos sentimentos. Uma das coisas mais
importantes que aprendi através dos relacionamentos amorosos, é sobre a
desonestidade emocional.
Quando deixamos de reconhecer o que de fato estamos sentindo
por alguém, e negamos numa tentativa consciente qualquer emoção, estamos
envolvidos na trama do medo. O medo de estarmos sendo enganados, ou mesmo o
medo de estarmos fazendo a escolha errada. O medo de expressar o que sentimos e
não sermos correspondidos. Isto é mesmo uma cilada!
A desonestidade emocional pode trazer dor e sofrimento,
enquanto acreditamos que nos esconder por trás da insegurança é mais seguro do
que assumir o sentimento.
Deixar de ser quem é para passar “uma boa impressão” ou “causar”
em alguém uma sensação, pode ser a maior arapuca de nossas vidas.
Neste jogo do faz de contas que aprendemos desde crianças,
quando nos foi ensinado a ser outra pessoa e não sermos nós mesmos, caímos numa
armadilha perigosa.
Veja bem, nos disseram que se formos sinceros o outro
perderá o interesse por nós. Mas também nos disseram se falarmos a verdade
sobre o que sentimos podemos deixar alguém magoado ou distante de nós.
Aí começa o “grogotoma” da relação de amor. Devo dizer o que
sinto, ou não? Devo ser quem sou, ou não? As mensagens subliminares que recebemos
na infância ressoam em nossos ouvidos até hoje.
Desde que nos ensinaram a demonstrar o sentimento somente
quando este sentimento combinasse com o que os outros esperavam ou queriam que
nós sentíssemos, os conflitos emocionais tomaram conta de um espaço puro,
aveludado de emoções verdadeiras e sinceras que preenchem nossos corações.
Manter algum tipo de defesa, certa distância, pode parecer
mais seguro, porque o outro pode levar vantagem sobre as suas fraquezas, sobre
as suas fragilidades, sobre a sua vulnerabilidade.
Se você não sabe se pode expressar o que sente ou se
permitir sentir o que sente, como irá viver um relacionamento de verdade,
pautado na harmonia, na segurança e na confiança, sobretudo no verdadeiro amor
com o seu parceiro (a)?.
É preciso se permitir reconhecer o seu sentimento e identificá-lo,
aceitá-lo e ter a liberdade de expressá-lo verdadeiramente. Este é o seu
direito.
Sair da opressão, da dissimulação seguramente irá ajudar
você a ser você mesmo, a se aceitar e arriscar a ser mais feliz em seus relacionamentos.
Somente a liberdade de sentimento e expressão te dará a certeza de estar vivo e
emocionalmente saudável.
“É imprescindível dissipar-se de todas as suas repressões,
inibições – que recebeu da sua religião, da sua cultura, da sua sociedade, dos
seus pais, da sua educação.
O primeiro passo é aceitar a si mesmo em sua
totalidade. Depois de ter-se aceito como é, o medo da intimidade irá
desaparecer. Você não pode perder o respeito, não pode perder a sua grandeza,
não pode perder o seu ego. A sua simplicidade despretensiosa permitirá que o
outro também aprecie a simplicidade, a bondade, a confiança, o amor e a
compreensão”. Osho
Caso contrário jamais conseguirá ser feliz com alguém, ter
intimidade, se expressar livremente, ser quem você realmente é. Se você não se amar, quem amará? E se não for agora, quando
será? Nilton Bonder
Até breve!
Mary de Sá
Ligue (27) 3314-4751 ou mande um e-mail:
marydesa@marycoach.com.br
Saiba mais sobre meu trabalho em: www.marycoach.com.br.
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